7º Congresso do PT começa nesta sexta (22)
Unidade pelo fortalecimento do PT, Lava Jato é fraude, Lula livre, e fim do governo Bolsonaro são eixos do Diálogo e Ação Petista que se mantêm. Mas no documento inscrito no último dia 11, o Comitê Nacional do DAP faz algumas atualizações. Leia o artigo completo de Markus Sokol, sobre a atualização da tese do DAP para o 7º Congresso do PT, que começa nesta sexta (22).
DAP atualiza tese para o 7º Congresso
Para o PT refletir sobre a situação e sua experiência
Unidade pelo fortalecimento do PT, Lava Jato é fraude, Lula livre, e fim do governo Bolsonaro são eixos do Diálogo e Ação Petista que se mantêm. Mas no documento inscrito no último dia 11, o Comitê Nacional do DAP faz algumas atualizações.
Qualifica “um estado de exceção, desde o golpe parlamentar do impeachment, apoiado nos segmentos jurídico e militar das instituições de Estado, os mesmo que mantiveram Lula preso 580 dias em Curitiba”. E reafirma a luta de resistência, agora contra as “4 novas contrarreformas para viabilizar o bloqueio de gastos por 20 anos”.
Diferente de outras teses, o DAP acha que “apesar das dificuldades, com altos e baixos, a luta dos povos se desenvolve no Brasil e no mundo: no último ano, se produziram explosões sociais, algumas revolucionárias – Argélia, Líbano e Chile”.
“É verdade que um fator de desestabilização é a ofensiva dos EUA de Trump. Mas a teoria de que os povos se inclina ‘à direita’, ao ‘neofascismo’, server para encobrir a responsabilidade ou a impotência de certas forças políticas. Há o descrédito das forças que se adaptaram ao sistema decadente. Mas a luta de classes não para. Novas forças sociais e formas de luta aparecem”.
A história não se repetirá
Na “América Latina, dada a natureza da crise mundial, a ofensiva dos EUA e a ausência de margem para a ‘conciliação’, a história de há 20 anos não vai se repetir. O PT deve refletir aprender com suas próprias experiências no governo, erros e acertos, e se preparar para o enfrentamento dessa nova situação”. O fiasco da “concertacion” à chilena é uma questão atual!
Hoje, “é central a luta pelo fim do governo Bolsonaro, a exigência do Lula livre e a anulação dos processos manipulados com a responsabilização dos atropelos jurídicos da Operação Lava Jato”.
O DAP alerta que “na luta contra esse governo, não cabem ilusões na cúpula militar. O impeachment para alçar o vice-presidente, general Mourão, resultaria no mesmo programa reacionário para o povo”.
E conclui, “para revogar as contrarreformas de Temer e Bolsonaro, e fazer as reformas populares – agrária, jurídica, militar etc – é preciso uma reforma profunda do Estado, através de uma Assembleia Constituinte Soberana. A experiência mostra que pela conciliação não se avança. Na verdade, uma frente não será de ‘esquerda’ nem ‘ampla’, se não trouxer as reivindicações do povo e a exigência de Lula livre”.
*Por Markus Sokol, membro da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores e do Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista