Debate com Greenhalgh no Rio
No dia 22 de novembro, o auditório da sede do Diretório Estadual do Rio de Janeiro foi pequeno para receber a militância: mais de 100 petistas participaram do debate com Luiz Eduardo Greenhalgh, da Direção Nacional do PT e do comitê nacional do DAP, além de advogado de Lula. A reunião contou ainda com a presença de membros dos Diretórios Regional e do Nacional; com a companheira Márcia Tiburi (candidata a governadora pelo PT-RJ) e do vereador do PT carioca Reimont.
Discussão inicial
A companheira Francine Iegelski, da coordenação do DAP-RJ, abriu a reunão e passou para a análise do companheiro Greenhalgh. Ele fez uma avaliação política do resultado das eleições e reafirmou o papel do partido na resistência ao governo Bolsonaro. Ele ainda analisou a perseguição política ao PT pelo Judiciário, afirmando que ela começou em 2005 com o chamado “mensalão” até a “Lava Jato”.
Greenhalgh insistiu na necessidade de se defender a liberdade de Lula, de Delúbio, de João Vaccari e do partido e o que ele representa para o povo brasileiro.
Ele ainda salientou o caráter violento e autoritário do futuro governo e o papel que Bolsonaro desempenhou no processo do golpe de 2016, nas eleições de 2018 e agora com seu superministro Moro.
Debate em plenário
Aberto o debate, cerca de 20 intervenções abordaram a campanha por Lula Livre como meio de defender a classe trabalhadora.
Do militante fundador do partido à jovem recém-filiada, que aderiu ao partido por sua história, todos afirmaram a necessidade dos petistas permanecerem nas ruas e organizando as bases, nos morros e favelas, nas escolas e sindicatos.
As falas confirmaram a grande preocupação pelo resultado eleitoral do Partido no Rio de Janeiro, relacionando este problema à política de alianças com o PMDB que acabou enfraquecendo o partido ao longo dos tempos.
Militantes falaram do massacre da intervenção militar no Rio, que atinge especialmente a população negra e a juventude.
Resposta de Greenhalgh
Em sua resposta, Greenhalgh lembrou que Haddad estava próximo a Bolsonaro, com grandes chances de ultrapassá-lo, até o surgimento do “Ele Não”, que cristalizou os votos em Bolsonaro e fez com que a diferença entre os dois aumentasse. “O problema”, disse, “é quando o PT se afasta do PT. Quando o PT se fortalece, fortalece sua militância e sua base, não há quem nos vença”. Ele insistiu na necessidade do retorno dos núcleos do PT.
O problema é quando o PT se afasta do PT. Quando o PT se fortalece, fortalece sua militância e sua base, não há quem nos vença
Elogiado pelos militantes presentes, o evento comprovou que estamos num momento difícil. Momento de resistência pela defesa dos direitos e da democracia. Por isso é importante o partido fazer o balanço das eleições, organizar a militância e receber os novos filiados. Pois apesar de todos os ataques, muitos procuram o PT porque querem lutar contra o governo Bolsonaro. Os presentes foram convidados a participar da próxima reunião do Diálogo e Ação Petista do Rio. O DAP Rio se reunirá em 10 de dezembro.
Áurea Alves