Comunicado do Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista | 14/09/2021
O Comitê Nacional do DAP, reunido em 14 de setembro, dirige-se aos grupos de base para, juntos, avaliarmos a situação política e tirarmos dela as conclusões práticas necessárias.
Entendemos que o DAP tem jogado um papel crescente nas manifestações de rua para por fim ao governo Bolsonaro, desde o 1º de Maio. Os grupos de base e os militantes do DAP têm justas razões para se orgulhar de seu desempenho. Nós nos congratulamos com os militantes do DAP por seu brio, sua decisão de não abandonar as ruas para os bandos bolsonaristas.
A jornada de 7 de setembro, em meio às ameaças de violência e até de um possível golpe por parte de Bolsonaro e seus apoiadores, foram um teste significativo. A decisão de manter os atos, de não entregar as ruas para os bolsonaristas, foi um grande acerto político. Os trabalhadores e jovens venceram não apenas o medo, natural nas circunstâncias, mas também a resistências de muitas de suas direções que, ou por estarem intimidadas ou por apostarem numa via de conciliação com partidos e lideranças golpistas, jogaram objetivamente contra as manifestações.
A independência política da classe trabalhadora prevaleceu. Estamos nas ruas e não podemos sair delas.
Foram essas manifestações, desde maio, que levaram Bolsonaro a tentar sua grande jogada no 7 de setembro. No fim, os atos significativos que promoveu não foram suficientes para seus objetivos. Bolsonaro recuou, o que não é uma novidade na sua trajetória, mas com toda a certeza voltará a atacar. Mas as ruas mostraram que é possível enfrentá-lo e derrotá-lo, a ele, seus generais e suas hordas.
O fiasco dos atos da propalada “terceira via” em 12 de setembro é um elemento a mais a demonstrar a crise política da classe dominante.
Nossa Mensagem
Companheiros e companheiras,
Nada podemos esperar dos partidos da “terceira via” que, golpistas por natureza, seguem dando sustentação ao programa de Bolsonaro. Nada podemos esperar do STF, da Câmara ou do Senado que, pusilânimes, recusam tomar qualquer decisão sobre os ataques do presidente genocida.
Não, a saída só pode vir do movimento da classe trabalhadora e da juventude, nas ruas, com suas organizações, com suas próprias bandeiras.
No próximo dia 2 de outubro, o DAP estará nas ruas, com suas faixas, seu som, suas palavras de ordem. Mas, desde já, os grupos de base devem reunir-se, discutir os meios de se ligar às lutas concretas dos trabalhadores e jovens. Dessa forma, estaremos alimentando o movimento para por abaixo este governo.
É preciso uma saída política, que não está neste Judiciário, nem neste Congresso, no conjunto das instituições apodrecidas. A saída está em dar voz ao povo, numa Constituinte Soberana e Democrática, que garanta os direitos da maioria da população.
Queremos que Lula, livre e com seus direitos políticos restabelecidos, assuma seu papel de principal liderança popular do país e tome a frente das manifestações. A luta é agora, não em outubro de 2022.
No dia 2 de outubro, todos às ruas! Fora Bolsonaro e seus generais!
14 de setembro de 2021 | Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista
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