Encontro Extraordinário do DAP em 01/setembro

nota: Data alterada para 01/setembro

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 ENCONTRO EXTRAORDINARIO DO DIÁLOGO E AÇÃO PETISTA (DAP)

18 de agosto de 2018

 Firmes na luta por Lula Livre, Lula Presidente com Constituinte!

O Comitê Nacional do DAP discutiu a preocupante situação do país, do povo e do PT.
O ilegítimo governo Temer, entrega a soberania, desorganiza a economia e agrava o sofrimento popular. Apesar da manipulação da mídia, é cada vez mais claro o maior beneficiário do golpe jurídico-parlamentar do impeachment: o capital financeiro internacional. O golpe ameaça levar a nação ao caos, como se entreviu na paralisação dos caminhoneiros, cujos efeitos persistem.

LançamentoContagem
Faixa do DAP no Lançamento de Lula Presidente em Contagem/MG

Os trabalhadores procuram resistir. Na Petrobras, após uma greve de advertência, se preparam para voltar a luta, os bancários também organizam uma greve nacional, enquanto em varias empresas se enfrenta a reforma trabalhista. O povo é sufocado pelo alto preço do gás de cozinha, foram cortadas verbas de educação, saúde, moradia e programas sociais, o desemprego e a miséria campeiam.
Mas há uma saída democrática para esta situação dramática. Perseguida, a saída está presa em Curitiba. É Lula, cuja imediata libertação se impõe para assumir a presidência da República, como quer a maioria, e as pesquisas confirmam: Lula de novo, com a força do povo!
Para adotar medidas urgentes, reduzir os preços dos combustíveis, recuperar o salário mínimo, o emprego e os programas sociais, e para revogar as medidas golpistas que entregaram o pré-sal e cortaram direitos históricos, pela convocação de uma Assembléia Constituinte Soberana, que faça a reforma política, da mídia e do judiciário, a reforma agrária e urbana, a tributária, que desmilitarize as PMs, audite a dívida e reestatize as privatizações entreguistas.
Dia 8 de junho, em Contagem (MG), o PT lançou Lula candidato a presidente. Preso, mas candidato, porque a lei permite, o povo exige e ele quer. Inédito! Nunca antes na história desse país, o maior partido lançou um candidato preso. Preso, mas favorito disparado nas pesquisas, a ponto de que, caso retirado por um atropelo judiciário, o vencedor será a soma da abstenção, votos brancos e nulos, negando legitimidade ao pleito. Uma eleição sem Lula, como se vê, seria uma fraude.

O PT deve se colocar a altura do desafio!

Companheiras e companheiros,
A situação é desafiadora. O PT está sob fogo cruzado há uma década. Hoje, líderes como Zé Dirceu, Vaccari e Delúbio estão presos nas malhas da Operação Lava Jato, patrocinada pelo Departamento de Justiça dos EUA, e executada pelos sabujos da Procuradoria, do Judiciário e da PF.
Mas apoiado nas principais organizações do povo trabalhador, Lula resiste e o PT volta a 20% da preferência. Não é o PT que está “isolado”, são os golpistas que estão divididos! É a única força capaz de unir os setores populares e impor uma derrota certa e segura aos golpistas, de Alckmin (PSDB) à Bolsonaro (PSL).
Tem razão Vagner Freitas, presidente da CUT, ao dizer em Contagem que “o único candidato pelo qual a CUT fará campanha é Lula, nenhum outro”. Não é possível que Boulos e Manuela não vejam que esta é a única forma de derrotar os golpistas, desde o 1o turno. Marcar posição, no primeiro caso, é um desserviço divisionista à causa popular; enredar-se com Ciro Gomes do PDT, no segundo caso, é acoitar uma versão de ajuste fiscal com reforma da Previdência, por isso, não estranha que componha com o PP e o DEM.

Que plano B que nada!

A Executiva Nacional do PT, todavia, reunida dia 9 de junho, ao invés de focar nos setores antiimperialistas que existem no PSB e no PDT, além do PCdoB e do PSOL, como orienta a resolução de alianças do 6o Congresso do PT, deu marcha ré. Ela adotou uma resolução de maioria (19 votos a favor, 5 numa alternativa, 1 abstenção) por uma “coligação nacional para apoiar Lula com PSB e PCdoB e outros que venham a apoiar”, orientando ainda “palanques estaduais com partidos de centro-esquerda, preferencialmente PSB e PCdoB“.
É a primeira votação de orientação dividida realmente importante nesta direção, não obstante eleita no 6o Congresso (junho de 2017) com o mandato de buscar alianças com “setores antiimperialistas, antimonopolistas, antilatifundiários e radicalmente democráticos”.
Ora, o PSB orientou votar no impeachment, depois se afastou de Temer e não votou algumas das medidas golpistas, mas votou outras, como a “intervenção militar no Rio“, por exemplo. É um partido heterogêneo, sem comando até para cumprir um acordo de apoio a Lula, como todo mundo sabe, e a imprensa registra. Mas o seu presidente, Carlos Siqueira, já se sente a vontade para ditar Haddad como candidato “plano B” do PT!
O que vai acontecer, agora ?

Não repetir os mesmos erros

A cúpula do PSB quer o apoio do PT à reeleição do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, retirando a candidatura de Marília Arraes, que empolgou a militância na reconstrução do PT local. O resto é conversa mole – a cúpula pode “coligar”, setores de esquerda apoiarão o PT como noutras eleições, mas a boa parte apoiará outros nomes hostis ao PT. Mesmo se depois utilizarão os cargos de controle da máquina para apunhalar o PT na hora certa!
Mas nada está realmente resolvido, é preciso refletir e agir para resguardar o PT. Essa aliança pode não sair. Também pode não se dar a vice-presidência de Lula, como está na imprensa, ao grande empresário Josué Alencar, do PR, um dos 400 empresários signatários à época do manifesto “impeachment já”.
Mas é o caso de se perguntar: aonde querem chegar? Não vêem que a situação mudou, no PT e na sociedade? Não aprenderam nada com os erros que fragilizaram tanto o PT? Quantas vezes vão repetir o mesmo erro?
 Companheiras e companheiros,
Nas próximas semanas, o Brasil e a classe trabalhadora viverão momentos decisivos. Toda atenção, empenho e energia é necessária, para tirar o país do marasmo, do caos que o ameaça, é possível vencer.
Lançamos o alerta a todo o partido – militantes, parlamentares e dirigentes -, e, ao mesmo tempo, nos colocamos na linha de frente da luta conjunta. A discussão é necessária, para clarificar o caminho da vitória nestas eleições, e não se desviar para aventuras ou fantasias que não resolvem realmente a vida do povo.
Todos os grupos de base do DAP estarão mais engajados do que nunca na campanha do PT, em todos os níveis, nos Comitês “Lula Livre, Lula Presidente”, em primeiro lugar, e com os candidatos majoritários e proporcionais do partido nos Estados.
Todos os grupos de base do DAP saberão combinar esta batalha crucial com a abertura do mais amplo debate, leal e sem tabus, com as companheiras e companheiros do PT. E para que todos que queiram, se façam representar, sempre de forma coletiva e auto-financiada como fazemos, em nosso Encontro Extraordinário de 18 de agosto.
Lula Livre!
Eleição sem Lula é Fraude!
Lula presidente com Constituinte!

Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista

São Paulo, 17 de Junho de 2018

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