Diálogo Petista 64

Francisco Morato (SP): Capá é reeleito em dura luta

Capadurantecampanha

Novamente os trabalhadores de Francisco Morato, cidade da grande de São Paulo, terão o mandato do vereador Capá para apoiar as suas lutas, pois foi reeleito com 1428 votos, o candidato com mais votos do PT. Mas a situação não está nada fácil para o partido!

Raimundo Cesar Faustino, Capá, nasceu em 1973 em Santa Cruz (RN). Líder conhecido da torcida Gaviões da Fiel, do Corinthians, iniciou a sua militância no início da década passa­da, na luta por asfalto comunitário em Francisco Morato. Participou então de cursos de formação no PT e no MST. E em 2002 decidiu filiar-se ao partido. Já em 2004, concorreu pela primeira vez a vereador, ficando como 2° suplente, mas em 2008, foi o candidato mais votado do PT.

Trapaça de todo lado
Agora, o PT foi colocado numa co-ligação degenerada, com 12 partidos, entre os quais históricos inimigos dos trabalhadores, como o PTB, PMDB, DEM e PPS.
E o candidato a prefeito do PT, Zezinho Bressani, teve a sua candidatura impugnada pela Lei da Ficha Limpa, pondo em cheque, na verdade, a sua gestão no governo do PSDB, de onde é egresso!

Na eleição, foi vitorioso com 38 mil votos Marcelo Cechettini (PV, com origem no PSDB), mas sem concorrência, pois os adversários foram cassados. Certamente, parte significativa dos 45 mil votos nulos são do “candidato do PT”.
Capá foi o 6º mais votado. Mas como é possível que Capá, presidente do Diretório Municipal, que liderou o PT na rua com a população, lutando pelas reivindicações dos trabalhadores por transporte e pavimentação, obtenha votação abaixo dos candidatos do PSB, PPS, e PTB?
Há uma explicação: o candidato a prefeito, apenas “travestido” de PT, apoiou na verdade os candidatos da aliança, e não Capá.
Houve também dirigentes do PT que preferiram apoiá-los, deixando os candidatos do PT à deriva, de modo que dos 8 eleitos pela coligação, apenas 3 são do PT.

Rumo ao Diálogo
No primeiro mandato Capá foi quem enfrentou as empresas de ônibus para deter o aumento das passagens e implantar o bilhete único, uma vitória. Enfrentou intimidação e tentativa de suborno dos empresários, incomodou muita gente poderosa.
Como petista comprometido com as bandeiras históricas, aderente a declaração dos candidatos do Diálogo, Capá prepara a realização agora de uma plenária para organizar o próximo mandato, fortalecendo mais seus laços com os movimentos sociais.
Nessa oportunidade, elegerá uma delegação de petistas de Francisco Morato para participar do 5º Encontro Nacional do Diálogo Petista.

Nelson Galvão


Diálogo em Ribeirão Preto

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Na véspera das eleições (4/10), uma reunião de candidatos a vereador no Diretório foi abandonada pelos dirigentes quando eles viram que a discussão iria reorientar a campanha na reta final com a saída do vice do PTB (“ficha-suja”).
Convidei os presentes a permanecer. 22 militantes, sendo 9 candidatos, realizaram então uma rica discussão sobre a necessidade de uma plataforma petista e de ataque à prefeita privatista do PSD, candidata à reeleição.
Questionou-se as alianças que degeneram o partido e a ausência de participação da militância nas decisões, tudo vem de cima para baixo, foi o consenso.
Dois militantes identificados com as bandeiras da fundação do PT filiaramse, atendendo ao nosso convite (somando-se às 9 filiações que minha candidatura havia feito ao longo da campanha). Um companheiro apresentou a iniciativa do Diálogo Petista, que foi muito bem recebida.
Decidimos realizar um ato militante na Praça XV no dia 6 que, mesmo sem o apoio da direção, reuniu cerca de 50 petistas com suas bandeiras vermelhas num intenso corpo-a-corpo. Apesar deste esforço, e sem uma boca de urna organizada pela direção, o PT não conseguiu ir para o 2º turno.
Dia 10 faremos um necessário balanço das lições que podemos tirar da atuação da direção do PT em Ribeirão Preto em coligação com o corrupto PTB.
Defenderei que neste 2º turno o PT não apóie nem PSD nem PSDB, e chame ao voto nulo, em branco ou abstenção.
Convidando todo o grupo a aderir ao Diálogo Petista para juntos combater pelas bandeiras históricas, e termos uma delegação ao 5º Encontro Nacional do Diálogo Petista.

Ulysses Matos (diretor regional do Sindicato dos Médicos, ex-candidato a vereador).


DIÁLOGO NO CEARÁ

CearaAinda durante a campanha eleitoral começou a se preparar o 5º Encontro.
Na região do Vale do Jaguaribe, onde três candidatos a vereador pelo PT subscrevem a Declaração nacional dos candidatos, dois deles já confirmaram a disposição de comparecer: Márcia Oliveira, a Márcia do Teatro (foto), do PT de Russas, e o atual vereador Hélio Herbester, do PT de Limoeiro do Norte.
Na região, um encontro preparatório se realizará no início de novembro, já que até aqui os aderentes estavam empenhados nas eleições.
Em Fortaleza, agora com disputa do PT de 2º turno, os aderentes do Diálogo preparam um conjunto de reuniões por bairro e categorias de campanha. A reunião geral do Diálogo
também está prevista para novembro.


Vereador Edison, Itaquá (SP):
“A defesa do PT continua

Edson Moura, vereador eleito pelo PT de Itaquaquecetuba, na periferia de São Paulo, estará presente no Encontro do Diálogo Petista.

O candidato a prefeito do PT – vindo recentemente do PSDB – e o próprio presidente do Diretório do PT, abandonaram a campanha pelo partido e passaram a apoiar o candidato do PR de Valdemar da Costa Neto, seguindo ordens da cúpula nacional do partido.

Mas parte da militância petista resistiu, la
nçou outro candidato a prefeito, ganhou o direito na justiça e se agrupou na candidatura do Edson Moura, cuja campanha foi boicotada: “Fizemos a campanha sozinhos, só a militância sem apoio da direção”.

Em Itaquá, o único hospital público é controlado por uma OS. O panfleto da campanha de Edison dizia “Saúde não é lugar para cabide de empregos e desvio de verbas. A Lei 9637/98 criou as OS’s para privatizar também a saúde”. Edson explica que vai “participar do encontro porque também sou contra as parcerias que controlam a saúde pública”.

Sua campanha também defendeu a aplicação do Piso dos professores, contra a municipalização do ensino e por um campus da universidade federal na cidade.

A continuidade agora, passa por ajudar a eleger os candidatos do PT no 2º turno das cidades vizinhas, Guarulhos e São Paulo. No dia 20, um convite de Edson chama uma reunião para discutir isso e preparar o Diálogo Petista.

 

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