DIÁLOGO PETISTA – 2 de abril de 2009

Publicado no Jornal O Trabalho nº 655

ENCONTRO NACIONAL!

Para discutir medidas de emergência

O tempo passa, a crise do capitalismo se estende e a OIT anuncia 50 milhões de demitidos. A situação do Brasil pode ser diferente? Pode, se o governo Lula adotar medidas diferentes.
Não por acaso a popularidade do presidente caiu dez pontos. Isenções fiscais e créditos para empresas não impediram demissões, e ainda esmagaram orçamentos, sobretudo das prefeituras pobres. Isso não é justo!
São necessárias medidas que protejam a nação e os trabalhadores. Esse foi o recado nas ruas na jornada de 30 de março. Lula precisa impedir demissões, fazer reforma agrária e acabar o superávit primário.
Este é a proposta do Fórum de Diálogo Petista: trazer a militância petista para reuniões e debates sobre a crise, e tirar delegados para vir a SP no mês que vem.

Venham ao Encontro Nacional para discutir Medidas de Emergência, dia 16 de Maio em SP.

ESCLARECIMENTO
Numa comunicação recebida, Ricardo Azevedo, da Coordenação Nacional da Mensagem ao Partido, reconhece “o inconveniente por nós – não deliberadamente – causado ao usar a expressão ‘diálogo nacional petista’”, e “se compromete a não mais utilizar em nossas atividades a referida expressão”.
Esperamos encerrar assim a estranha situação criada com a realização em 21 de março num hotel do Rio, de um chamado “Diálogo Nacional Petista”, que diz que “o Diálogo Petista é um importante espaço que está sendo construído pela Mensagem ao Partido”.
O Fórum de Diálogo Petista não tem a ver com isso, como esclareceu em carta enviada ao Diretório Nacional: “Consideramos que de fato é necessário um diálogo em bases petistas, e ficaríamos satisfeitos se os companheiros debatessem também as propostas que apresentamos. Mas queremos resguardar que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”.

 

"A base ainda é sonhadora" (Jacareí, SP)

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20 petistas da região de Jacareí – trabalhadores e sem-terra – convocados por uma conversa anterior de três aderentes do Diálogo Petista, constituíram em 14 de março o Fórum da cidade, num debate sobre a crise com Markus Sokol, membro do DN do PT por O Trabalho.

Geraldo Antônio, presidente do PT de Santa Branca, concluiu da ausência dos petistas da administração da cidade, que "o PT está se dissolvendo na administração, acontece nos governos municipais e nacional, quando o PT deveria ser forte e independente, até para ser ‘conselheiro’ dos governos".

Hernando Martins, liderança de bairro, advertiu que "chegou a hora da divisão de águas, ou voltamos prá dentro do PT e mostramos que o PT é a sua militância, ou então…". De fato, a base se mostrou inquieta.

O vice-presidente do Diretório, Cláudio Silva encerrou dizendo que "o PT ainda tem uma base sonhadora, mesmo se a direção não toma iniciativa.
A gente adere ao abaixo-assinado da MP. Tem mesmo é que puxar para esquerda como fazem os companheiros.

Sim, Lula deve tomar medidas emergenciais, ao invés de se comprometer com a burguesia, e aí a coisa vai ferver".image016

Jacareí é vizinha de São José dos Campos, região duramente atingida pelas demissões na Embraer, GM e outras empresas. Mas animado pelo debate e pela ampliação, o Fórum tirou uma agenda que, além de levantar a situação do Orçamento da prefeitura, joga na mobilização com uma banca de abaixo-assinado no dia de luta da CUT, e desemboca na retomada da realização do Ato de 1º de Maio na cidade com os sindicatos.
Vários se dispuseram a vir para o Encontro Nacional travar contato com outras regiões. Um fundador do PT na cidade, Joaquim Caetano Filho (Jocafi), depois do que viu, resumiu: "O Diálogo tem que estar em todo lugar".

Discussão e ação (Fortaleza, CE)

15 petistas, alguns vindos de encontros no interior, se reuniram no Fórum do Diálogo, na sede do PT no Ceará, dia 13. Discutiram a crise e propostas como o abaixo-assinado a Lula pela MP.

Vários presentes relataram os problemas das categorias, professores falaram da luta pelo Piso e servidores do cumprimento dos acordos. João de Deus, servidores das IFES, informou que a iniciativa contra as demissões percorreu a última plenária da federação da categoria, a Fasubra.

Azevedo Quirino, sindicalista de Juazeiro do Norte, relatou em detalhe as dificuldades da prefeitura petista da cidade, amarrada num acordo eleitoral com um setor do PSDB. Ele se comprometeu a organizar um debate sobre a crise e o PT na região do Cariri, inclusive para preparar as eleições do PT (PED).

O Fórum que começou a ver os nomes de 2 companheiros para vir ao Encontro Nacional de Emergência, tirou um calendário de adesões pela MP.
Já no sábado seguinte, aproveitou um seminário do PT de Fortaleza para ampliar a discussão. Alguns dirigentes se desvencilharam argumentando que a proposta de MP era "boa, mas desnecessária, pois a crise não chegou Ceará" (!). Contudo a maioria, 50 dentre os 80 presentes, assinou pela MP.

Inclusive o vereador, Ronivaldo Maia, o padre Ermanno Allegri, das Pastorais Sociais, e Maria Zélia e Moacir Tavares, da Executiva do PT.

 

CALENDÁRIO

Arapiraca (AL) – Por decisão do Fórum em Arapiraca, foi montada uma banca no dia 26, na entrada da Universidade Estadual de Alagoas, que em uma hora recolheu 229 adesões pela MP. Já tinha sido contatado o Sindicato de agentes de saúde que entregou 61 adesões. No total, já são 536.

Lagoa da Canoa (AL) – Novo passo foi dado por 15 militantes do PT e dos movimentos sociais de Lagoa da Canoa, dia 28, num debate que apoiou o Encontro de Emergência. Um companheiro explicou sua "volta forçada" por causa da crise pois a empresa em que trabalhava em S.Paulo demitiu 1800.

Outro problema é o sucateamento do serviço público, pois as aulas na rede municipal ainda não começaram, a saúde está caótica e a falta d’água constante. A campanha pela MP foi adotada e Oliveira, presidente do PT, diz que "o abaixo-assinado será reproduzido e adesões coletadas nas escolas" (correspondente).

Salvador (BA) – 11 militantes de sindicatos, movimento negro reunidos dia 28 receberam bem o Fórum como espaço de discussão petista.
Discutiu-se uma intervenção contra o genocídio da juventude negra, e os sindicalistas se consultaram sobre questões do CONCUT. Para o Encontro de Emergência decidiu-se garantir uma reunião ampla dia 17, com convocatória. Assumiu-se a coleta de adesões pela MP no dia 30, na UFBA, no CEFET, sindicatos e bairros; um documento solicitando reunião do DM para debater a crise e o papel do PT; e colocar na pauta dos parlamentares na Câmara e Assembléia uma Audiência Púb
lica sobre demissões e cortes nos Orçamentos.

Vem agora reuniões no interior, em Irecê, região produtora de feijão, e depois Cachoeira e Itabuna (correspondente).

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Diálogo e Ação Petista

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