Após a Convenção Nacional: dia 15/8 em Brasília e dia 1/9 em São Paulo!
Nota de informação aos grupos de base do DAP
Após a Convenção Nacional: dia 15 em Brasília e dia 1o em São Paulo!
Companheiras e companheiros,
Vai aqui uma prestação de contas aos aderentes e amigos do DAP sobre a inscrição da chapa Lula-Haddad.
Após a maratona de reuniões deste fim de semana o resultado é claro: a Convenção Nacional do PT decidiu efetivamente inscrever a candidatura presidencial de Lula, preso político do golpe, com um programa de governo que inclui convocar uma Assembléia Constituinte Soberana para refundar as instituições apodrecidas do Estado, pelo que o DAP tem lutado.
Ontem, ao final da noite, se fechou a coligação eleitoral PT-PCdoB-PROS, com a chapa Lula presidente e Haddad vice.
Um protocolo entre os partidos prevê Haddad como vice até a homologação do registro de Lula, quando poderá ser substituído por um vice, indicado pelo PCdoB, e substituir Lula em caso de impedimento.
Essa fórmula preserva, até lá, a condução da campanha pelo PT, através do coordenador do programa de governo do PT, Haddad, com quem o povo identificará a campanha do candidato favorito nas pesquisas, Lula, como seu porta-voz.
É um fato auspicioso para o povo, na luta pela revogação das medidas golpistas e pelas reformas populares urgentes, em desafio aos poderosos, como ressaltou a presidente Gleisi no encerramento da convenção.
Haverá, contudo, obstáculos a superar e problemas a resolver. Obstáculos, em primeiro lugar, das instituições golpistas que perseguem Lula, e dos adversários do PT de todos os quadrantes, que serão enfrentados pelo debate e a mobilização política e eleitoral do povo e dos trabalhadores. Estamos com Lula quando se diz “candidato até as últimas conseqüências”.
Mas há também os problemas de orientação na campanha eleitoral. Por exemplo, a presidente do PCdoB, Luciana Santos, no anuncio da chapa lamentou ser esta a “aliança possível”, sentindo uma grande e indeterminada ausência (Ciro?). E mesmo dirigentes do PT passaram a augurar um indefinido “campo progressista”.
De nossa parte, defensores da política de alianças do 6o Congresso, com “setores antiimperialistas, antimonopolistas, antilatifundiários e radicalmente democráticos”, nos opusemos na Executiva e no Diretório – junto com 1/3 dos membros – ao acordo que sacrificou a candidatura de Marília Arraes em favor da reeleição do rejeitado governador Câmara, de Pernambuco, e que trouxe o PROS, batizado “progressista” (?). Também questionamos – com outros 40% – a retirada de uma candidatura petista ao Senado no Ceará, em favor da reeleição de Eunício Oliveira, empresário golpista da terceirização. Assim como, na CEN (Comissão Executiva Nacional), nos opusemos ao apoio para governador ao senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso , que votou toda a agenda do golpe, decidido por 9 votos contra 8.
As decisões são, em geral, explicadas pelo temor de um injustificado “isolamento”, ou por ginásticas sobre o “projeto nacional”, que mal escondem mesquinhos cálculos eleitorais de candidaturas parlamentares. São todos fatos que mostram como a boa parte dos dirigentes do PT não aprendeu com os erros anteriores que facilitaram o golpe, e como alguns, ainda hoje, sobrepõem interesses da burocracia partidária ou o clientelismo de certos governadores, à luta maior do povo na questão central que é a libertação de Lula da prisão em Curitiba para assumir a presidência.
Vamos com Lula e Haddad!
Companheiros e companheiras,
A imprensa nacional, e ainda mais a internacional, destacou de tudo o fato maior da designação da candidatura de Lula que será registrado dia 15. E, temos certeza, é o que mais interessa à grande massa popular, jogada ao desemprego e submetida a um conjunto de agressões materiais e morais da parte dos golpistas, na medida em que Lula do PT é, aos seus olhos, o único que pode abrir uma saída política segura do regime do golpe.
Sabemos que também haverá debates e inquietações legítimas. Mas não temos dúvidas de qual é a tarefa principal, enquanto o livre debate continua. Agora, se trata de mobilizar incondicionalmente em caravanas a Brasília no dia 15, para garantir o mais amplo apoio ao registro eleitoral de Lula.
Não titubear nem ceder às pressões deletérias de candidatos concorrentes ou adversários. Cerrar fileiras na chapa Lula-Haddad para ajudar o povo a abrir caminho para reverter o golpe e ver suas urgentes demandas atendidas num novo governo, processo no qual se poderá separar os verdadeiros aliados das transformações esboçadas no programa de governo.
Mais reflexões, ajustes de orientação em alguns Estados, assim como no plano nacional e em discussão com os candidatos a cargos proporcionais que apoiamos, serão também necessários.
Nesse sentido é que se renova a oportunidade da realização do Encontro Extraordinário do DAP previsto para o próximo dia 1o de Setembro, em São Paulo. A decisiva batalha em que estamos mergulhados, é o material de base para se discutir, desde já, nas reuniões dos grupos de base que elegem os delegados ao Encontro Nacional Extraordinário em menos de quatro semanas.
São Paulo, 06 de agosto de 2018
Markus Sokol
Companheirada,
Estamos de acordo. Faltou acrescentar o imbróglio mineiro, que na mesma linha, apesar da decisão do encontro estadual, em não coligar com partidos golpistas, queria por que queria aliança com MDB. Graças a intervenção da ex-presidente golpeada, Dilma, nossa candidata ao Senado pelo PT-MG, que resistiu a esta aliança, que poderia estar na vice, no senado e nas chapas proporcionais, para deputados federal e estadual, essa contradição ainda não foi resolvida.
enviar para secretarianacionaldap@gmail.com