Diálogo Petista 43
INICIATIVA, RUMO A UM
4º ENCONTRO NACIONAL!
Primeira reunião da Coordenação Nacional discute a situação e adota decisões políticas
O Diálogo Petista é mais do que nunca necessário. Como disse um companheiro na Coordenação (7/8/11), “tem muita gente incomodada em todas as correntes. Afinal, Lula foi o melhor presidente que já tivemos, mas isso não é o que o proletário espera. Depois disso, o PT não falta muito prá virar outra coisa. Está parecendo o PMDB e o velho PTB. E o Congresso do PT não vai ser um progresso. Então, temos que encontrar um meio de trazer o pessoal para o Diálogo”.
Com esse espírito, a Coordenação encarou as campanhas e a perspectiva de um novo 4º Encontro Nacional do Diálogo Petista, em dois dias, com grupos de discussão, num local com alojamento comum (datas cogitadas 3-4 ou 10-11 de dezembro). Para abrir a discussão, publica a Contribuição abaixo.
Por meio dessa bússola, ainda antes do ano eleitoral que pesará depois no calendário, nos dispomos a atravessar a agenda deste semestre – o Congresso do PT em setembro e as Plenárias da CUT (estaduais, agora, e a nacional, em outubro). Nessas ocasiões, teremos contato com muitos petistas, mesmo se alguns estão desanimados, muitos mais estão realmente preocupados com a situação.
Teremos uma forma adaptada de convidar os companheiros de partido para o 4º Encontro.
CONGRESSO DO PT (2-4 de setembro) – Já temos inscrita para o debate da reforma estatutária a emenda que termina com o PED para voltarmos à eleição de delegados e da direção nos Encontros.
ATO PELA RETIRADA DO HAITI – Agora, em 25 de agosto, teremos companheiros na delegação internacional que vai à ONU pela Retirada. Para ampliar a luta, na medida em que não há resposta clara do governo à delegação recebida em março na Secretaria de Direitos Humanos, discutimos a realização de um grande Ato público para retomar a cobrança de massa ao governo. Nesse caso, com representantes de outros países do continente que também têm tropas, a partir das já relações estabelecidas, especialmente através do Acordo Internacional dos Trabalhadores. A data seria sábado, 29 de outubro.
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT (Plenárias Estaduais) – Decidimos preparar uma carta-convite para apresentar o Diálogo aos companheiros sindicalistas petistas, a ser distribuída desde as Plenárias Estaduais, abrindo a discussão.
ENCONTRO NACIONAL PELA REVOGAÇÃO DAS OS’s – recebemos o relato da exitosa Reunião Pela Revogação realizada em Santa Catarina, que firmou um Compromisso e lançou um abaixo-assinado. Agora, se propõe um Encontro Nacional Pela Revogação, na entrega do documento ao governo federal, por ocasião da Conferência de Saúde (30/11 a 1/12). A Coordenação propõe distribuir e pautar o material nas reuniões locais do DP e fomentar Audiências Públicas e pronunciamentos na tribuna.
PÁGINA DO DIALOGO PETISTA – instrumento nacional de ligação, decidiu-se concentrar a edição nas campanhas políticas, além das mobilizações na base, deixando a informação extensiva das reuniões locais do DP para o site.
PRÓXIMA REUNIÃO – A Coordenação voltará a se reunir dia 28 de outubro.
[Presentes: Caçapava (Sindsaude-RS), André (UnB, suplente de Vera, Secretaria Agrária PT-DF), Edinho Orleans (gabinete Battisti, SC), Julio Turra (Executiva CUT), deputado José Cândido (ALESP), Edmilson Menezes (PT-PE) e Markus Sokol (DN-PT)].
CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE
A crise de 2008 reaparece, depois da Europa, agigantada do outro lado do Atlântico. Apesar do apelo de Obama ao “consenso” de Democratas e Republicanos para cortar US$ 2,5 trilhões de gastos, em troca da ampliação do déficit para pagar os bancos, o plano foi condenado pela central sindical AFL-CIO. Não é que Obama tenha sido pressionado pela extrema-direita do Tea Party, a verdade é que ele se rendeu aos bancos. Nem assim a calma voltou!
“MAIS TRAÇÃO!” NO BRASIL
Por que será que na quinta-feira que bateu o recorde de quedas desde 2008, dentre as grandes bolsas, foi a Bovespa que mais caiu? A Resolução do Diretório Nacional (DN) do PT se faz de avestruz.
O Brasil não é uma “ilha” como pensam alguns. A realidade é que é tudo muito frágil!
As reservas de US$ 350 bilhões são papel. Outros países têm certo lastro em saldo comercial, riquezas, petróleo (a lei do Pré-Sal está parada há mais de ano no Congresso). Aqui, são títulos atraídos pelos juros do Banco Central.
O FMI está em cima. Na quarta-feira, publicou relatório apoiando medidas do governo, mas “ressaltou que a aplicação delas precisa ser ‘mais extensa para que ganhem tração’ (!)… reformas fiscais como a flexibilização do Orçamento (o governo já propôs prorrogar a DRU até 2105!) e a reforma da Previdência”.
O DISCURSO E AS MEDIDAS
Chamou a atenção os discursos de Mantega e Dilma por uma política de “proteção”, contra a especulação e a inundação de mercadorias dos EUA. Mas quais são as medidas adotadas?
Infelizmente, são medidas no caminho do decreto de Dilma que colocou três aeroportos – Guarulhos, Viracopos e B
rasília – no Programa Nacional de Desestatização para fim de concessão privada. E empurrou a CUT e o sindicato do setor a integrar a “mesa de diálogo sobre o modelo de concessão” imposta no PND!
OITO MESES DEPOIS: ELEMENTOS PARA OUTRA POLÍTICA
A questão se coloca. Há impaciência entre os trabalhadores e frustração entre os petistas. É urgente abrir a discussão sobre os elementos de Outra Política para o governo Dilma:
O objetivo é criar emprego e libertar a nação da ditadura do superávit, das leis herdadas de FHC – como a Lei das OS’s e a falsa LRF – abrindo caminho para o reajuste dos servidores federais e o Piso dos professores, cujas greves se chocam com a “austeridade”.
PMDB É OBSTÁCULO
O giro do governo Dilma será aplaudido pela CUT , movimentos populares e setores democráticos. Mas não pelo PMDB aboletado no “governo de coalizão”. Assistimos a vexatória sucessão de escândalos dos “aliados”, que respingam no PT . Afinal, o Congresso é seu ‘balcão de negócios’. Nas eleições de 2012 querem abocanhar tudo. E o DN não afirma as candidaturas próprias do PT . Mas, mesmo deputados do PT reconhecem: “o PMDB é o maior obstáculo à reforma política”. O quanto antes acabar esse “governo de coalizão”, melhor!
Para governar e avançar na direção das aspirações populares por justiça social e soberania é preciso a verdadeira reforma das instituições, a começar pelo voto proporcional (“um homem, um voto”) e o fim do Senado.
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