Plenária nacional do Diálogo e Ação Petista
No final da tarde deste domingo, com 415 inscritos previamente de 20 Estados, reuniram-se mais de 500 na Plenária virtual nacional do DAP presentes (220 na sala virtual + facebook). A Plenária, encerrando 2020, tomou duas decisões.
Plenária nacional do Diálogo e Ação Petista
Na luta para sair desta maré
Não ao bloco com Maia!
Entramos em luta pela libertação dos 2500 presos o políticos no Chile!
Estas foram duas conclusões da plenária nacional (virtual) do DAP, realizada no final da tarde de domingo, 20 de dezembro, para fazer o balanço das eleições de 2020 e preparar a luta para o ano de 2021.
Com 414 petistas de 20 estados inscritos previamente, a plenária foi acompanhada, nas suas três horas de duração, por mais de 500 companheiros e companheiras (220 em sala virtual + 250 via facebook). Sucesso de “público e bilheteria” que mostra a disposição de petistas de todo o Brasil para lutar para sairmos desta maré, que tanto sofrimento tem trazido ao povo.
Uma saída que passa por encararmos de frente a discussão de problemas que atravessam o nosso partido, como agora a formação do bloco com 11 partidos e com Maia (o homem da contrarreforma da Previdência e que engavetou os pedidos de impeachment!!!), que fragilizam a luta para devolver os empregos, a comida na mesa, os direitos, dar proteção nesta crise sanitária às famílias trabalhadoras o que foi objeto de crítica em muitas das falas.
A discussão foi aberta por Luiz Eduardo Greenhalgh, e Markus Sokol membros do DN-PT e do Comitê Nacional do DAP, que apresentaram o texto de contribuição ao debate para o balanço eleitoral.
Greenhalgh trouxe para a discussão problemas enfrentados na campanha eleitoral, como em Recife. “Dirigentes do partido fazendo campanha contra a candidata do PT. O DAP não vai aceitar esse tipo de coisa”. Ele também chamou a atenção para o debate que vem sendo feito na imprensa entre dirigentes e setores do PT “numa situação de cerco e aniquilamento do PT, isto não se admite. Nosso debate é interno.”
Sokol que a eleição de Biden nos EUA, não resolve nenhum problema e, no nosso continente, “as pressões vão continuar”. Desenvolveu uma questão, nestas eleições de 2020, que foram as abstenções, brancos e nulos: “que não é um fenômeno nacional, desidrata partidos tradicionais, como os PSs e outros” e trouxe também as explosões populares que acompanham este fenômeno e chamou à discussão de balanço dos 13 anos de governo do PT, iniciada no 6º Congresso do PT, mas interrompida no 7º”.
Antes da abertura das inscrições a palavra foi dada a Jeffei que, em nome da Juventude Revolução do PT, trouxe o problema vivido no Rio de Janeiro com a chocante decisão do partido de apoiar Eduardo Paes (DEM) no segundo turno, depois de uma campanha aguerrida com Benedita no primeiro turno. “No Rio, a JR do PT chamou a votar 13 também no segundo turno”.
Fernando Ferro, ex-deputado federal e candidato a vereador nestas eleições em Recife, Pedro Tourinho, que como candidato a prefeito pelo PT em Campinas (SP) quase chegou ao segundo turno, Perli Cipriano, do Espírito Santo, fundador do PT, e Marcelo Oliveira, eleito prefeito de Mauá (SP) no segundo turno, numa virada surpreendente com garra do candidato e da militância, também tomaram a palavra.
Nas intervenções, problemas como os enfrentados pela candidatura de Jilmar na capital paulista, a difícil situação criada com a decisão abrupta do DN-PT de retirar a candidatura petista em João Pessoa (PB), ou a campanha infame do PDT contra nossa candidata em Fortaleza, foram trazidos à discussão. Mas, em todas as intervenções, sem eludir os problemas, a marca foi a disposição de luta.
Um momento importante da plenária foi a fala de Luis Mesina, dirigente sindical chileno e que hoje se apresenta como candidato às eleições no processo constituinte aberto no país depois da explosão social em outubro de 2019. Mesina chamou a atenção para a situação paradoxal que vive o país, com um processo Constituinte aberto enquanto há um estado de exceção, com o exército nas ruas, toque de recolher, proibição de sair de casa aos finais de semana e 2500 presos políticos desde 2019!
Na conclusão, por proposta de Greenhalgh, que lembrou a solidariedade do povo chileno com o povo brasileiro depois do golpe militar de 1964, a plenária decidiu levar com força a campanha pela libertação dos presos políticos no Chile. Greenhalgh, que é membro do Comitê Internacional de Ligação Intercâmbio (Cili, do qual o DAP é aderente), propôs também desenvolver esta campanha no âmbito da América Latina.
Como resumo da discussão levantada pelos presentes, “encarar de frente os problemas para o PT sair desta maré”, por proposta de Sokol, a plenária decidiu lançar um texto do DAP para discutir com todo o partido, a posição do DAP por um candidato da oposição às presidências da mesa do Congresso e Senado, “para que haja oposição, tomando distância deste bloco com Maia”.
A plenária foi encerrada com um chamado de Misa Boito, que coordenou os trabalhos, com um “viva o internacionalismo do DAP, viva o PT!”.
Abertos os microfones, numa só voz, os presentes gritavam: “Viva o PT”, “Liberdade para Lula”, “Libertação dos presos políticos no Chile”.
Um ânimo, depois de três horas de discussão, que dá confiança. A plenária reuniu energias para entrarmos com tudo em 2021, levando à frente nossa bandeira: “agir como o PT agia”.
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