A polícia britânica (Scotland Yard) apoia “o trabalho do Tribunal Penal Internacional que investiga alegados crimes de guerra em Israel e na Palestina”
Reproduzimos abaixo o comunicado do Partido Operário Independente da França sobre a participação da polícia britânica nas investigações dos crimes de guerra em Israel e na Palestina.
O POI, PARTIDO OPERÁRIO INDEPENDENTE, INFORMA:
A polícia britânica (Scotland Yard) apoia “o trabalho do Tribunal Penal Internacional que investiga alegados crimes de guerra em Israel e na Palestina”
O governo do primeiro-ministro Rishi Sunak e a então ministra do Interior, Suella Braverman, haviam pressionado o Chefe da polícia britânica para proibir as manifestações em defesa do povo palestino. Mas o Chefe da Scotland Yard recusou-se a fazer qualquer proibição.
Há alguns dias, na sequência da apresentação pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), o órgão judicial da ONU, de uma petição acusando o Estado de Israel de “cometer atos de genocídio contra o povo palestino” e exigindo o fim das operações militares em Gaza, o Tribunal Penal Internacional (TPI) foi encarregado da investigação.
É nesse quadro que a polícia britânica deve participar na instrução do processo, pois o Reino Unido, como signatário das várias convenções sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade, está sob a jurisdição do Tribunal Penal Internacional.
A fim de preparar a investigação, a Scotland Yard decidiu afixar cartazes nos aeroportos, dizendo:
“Se você esteve em Israel/Territórios Palestinos e testemunhou ou foi vítima de terrorismo, de crimes de guerra ou de crimes contra a humanidade, pode denunciar à polícia britânica.”
A polícia britânica apoia o trabalho do Tribunal Penal Internacional, que investiga alegados crimes de guerra em Israel e na Palestina desde junho de 2014.
Todas as provas recolhidas podem ser partilhadas com o TPI para apoiar a sua investigação”.
A polícia já recolheu 631 testemunhos.
E ficamos sabendo que a decisão da polícia está na origem das “tensões diplomáticas entre Londres e Israel” …
Paris, 16 de janeiro de 2024