Ato contra a Fome: DAP-Butantã ajuda comunidade a reivindicar da Prefeitura cestas básicas
No dia 22 de abril de 2021, o DAP Butantã, juntamente com lideranças da Associação Morada do Sol e da Comunidade do Jardim Jaqueline realizaram um ato contra a fome em frente à subprefeitura do Butantã.
Os manifestantes reivindicaram a entrega de cestas básicas e denunciaram que o site para inscrição no programa Cidade Solidária está fechado, além disso, para as entidades cadastradas, a prefeitura pede um prazo de 60 dias para responder!
O ato contou com o apoio do SINDSEP e com a participação de professores em greve que atendem essas comunidades. Os professores relatam que, mesmo em greve, mantém o contato com as famílias e buscam formas de ajudá-las. Eles denunciaram que o valor do cartão merenda não é suficiente para garantir a segurança alimentar das crianças atendidas e que o acesso a ele só foi universalizado no fim do ano passado, após passados mais de 6 meses de pandemia, na véspera das eleições municipais.
A subprefeita não estava presente, então duas representantes das comunidades foram recebidas pelo chefe do gabinete. Os moradores do Jardim Jacqueline presentes relataram a situação difícil da comunidade onde muitas pessoas perderam seus empregos durante a pandemia e não tem mais condições de sustentar suas famílias.
A Associação de Moradores da Morada do Sol protocolou um ofício com o pedido das cestas básicas à prefeitura. Uma moradora presente no ato tomou a palavra e relatou “antes as crianças pequenas pegavam leite que era distribuído pela prefeitura, agora eles cortaram. As crianças da comunidade estão tomando água com açúcar, temos que falar com esses homens aí, isso não pode continuar assim.”
No final do ano passado, em novembro, a Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura de São Paulo anunciou que a cidade tinha nada menos que 11,2 bilhões de reais em caixa com “recursos livres”! Boa parte desses recursos foram acumulados em plena pandemia. Enquanto o povo lutava para conseguir uma vaga de UTI ou simplesmente era deixado para passar fome na crise econômica. Com razão uma das lideranças das comunidades presentes no ato resumiu a indignação dos manifestantes “a prefeitura tem dinheiro, por que eles não ajudam o povo que está passando fome?”.
Os representantes das comunidades depois de audiência anunciaram ao final do ato que a sub-prefeitura prometeu entregar mais de 2 mil cestas básicas para as comunidades representadas no prazo de duas semanas. Uma das lideranças da comunidade concluiu: “se eles não nos derem as cestas básicas no prazo, nós vamos voltar. Não vamos aceitar mais enrolação.
Fabiana Oshiro e Cristiano Flecha