Convocatória
Encontro Nacional
Diálogo e Ação Petista / Reconstrução
7 e 8 de Outubro, São Paulo
Companheiros e companheiras petistas,
Convocamos o 7º Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista – agrupamento formado há 8 anos – conjuntamente com as chapas que se apresentaram ao 6º Congresso do PT, este ano, com base nos 5 Pontos de Unidade Pela Reconstrução do PT: Fora Temer, Greve Geral contra as reformas, Não a Conciliação, Constituinte, Liberdade para nossos presos e Volta dos Encontros deliberativos.
Para convocar o Encontro, reivindicamos a audiência de algumas de nossas propostas entre diversos setores do PT, desde o lançamento do Manifesto Pela Reconstrução do PT, em agosto de 2016. No processo do 6º Congresso, disputando e colaborando com outras forças, ampliamos nossa presença nas instancias do PT, quase triplicando a delegação independente ao Congresso e elegemos três membros ao Diretório Nacional.
Apoiamo-nos na consciência de que a luta contra o golpe é parte de um processo anti-imperialista continental que destaca a resistência da soberania da Venezuela irmã contra a ingerência, à qual o PT se solidariza e apoia. Resistência que é uma dimensão do combate mundial dos trabalhadores que integramos. Nós descartamos a teoria da “direitização dos povos”. Os trabalhadores resistem, e buscam pontos de apoio para isso. Por isso apoiamos e ajudamos a preparar a Conferencia Mundial Contra a Guerra e a Exploração (Argel, dezembro de 2017), aonde buscaremos o intercâmbio produtivo para a luta comum.
Numa resistência que, no Brasil, destaca a responsabilidade do nosso partido. Nesse sentido, as resoluções aprovadas do 6º Congresso do PT, a despeito de limites e certas contradições, vão na boa direção.
Mas, uma questão que naturalmente se coloca é: dois meses depois do 6º Congresso, até que ponto essas resoluções resolveram os problemas que facilitaram a derrota do PT, apeado governo e ameaçado de interdição?
Este é um debate concreto, tanto da sua letra, quanto da disposição dos dirigentes de aplicarem o que está escrito.
Por isso, desde o término do 6º Congresso estamos realizando reuniões dos Grupos de Base do DAP para apresentar e debater as principais resoluções, nas quais vêm participando dirigentes e militantes do PT interessados, reuniões que já começam a preparar nosso Encontro Nacional, desembocando em propostas de ação na agenda da luta de classes, entre elas:
- A recusa das eleições indiretas e a defesa da candidatura Lula, com uma Constituinte para revogar as medidas golpistas e abrir caminho à reformas populares; uma política de alianças “antiimperialista, antimonopolista e antilatifundiaria”; a atribuição à Frente Brasil Popular de um lugar próprio na luta sem sobrepor-se ao PT, a CUT, o MST e outras entidades; enfim, a afirmação do partido como instrumento, frente a distorções identitárias.
A partir daí, é preciso tomar o pulso da situação, avaliar as lutas (a greve geral de abril e outras), separar o que é a consciência crescente da podridão das instituições falidas, que foi tão menosprezada no PT, separar, portanto, esse descrédito legítimo e progressivo, de uma suposta desesperança em geral, como se não houvesse saída. Sim, há saída, à condição de não voltarmos às alianças esdrúxulas com programa rebaixado – tipo a Carta Aos Brasileiros e o PMDB, à práticas exclusivistas e ao carreirismo -, recusando-se a “corrigir na prática os erros” (como disse a presidente Gleisi no 6º Congresso), e perdendo, aí sim, o canal para defender e abrir caminho a novas conquistas.
A preservação do PT, apesar de tudo, com as novas filiações e como apontam as pesquisas, mostram a sua vitalidade, e a das organizações sindicais e populares, apesar de altos e baixos. Estão aí os materiais para que, mais cedo ou mais tarde, as contrarreformas sejam revertidas – se não antes por greve geral – pela soberania popular apoiada no PT. Sim, É possível derrotar os golpistas que sustentam pela corrupção um governo vende-pátria, com 5% de apoio.
Cresce, e ajudaremos a crescer ainda mais, a candidatura de Lula, disseminando a consciência de que Eleição Sem Lula É Fraude!
O PT se prepara para debater um programa nacional (e programas estaduais) para as próximas eleições, enriquecido pela experiência de 13 anos de governo, processo em que nos engajamos na via das reformas de fundo, daí que a Constituinte é o seu 1º ponto, como motor das mudanças e melhorias concretas na vida do povo trabalhador do campo e da cidade, de todos oprimidos, mulheres, jovens, negros e quilombolas, indígenas, LGBT e outros.
Com esse espírito, ao mesmo tempo em que preparamos nosso Encontro de Outubro, nos engajamos duplamente, na discussão nos Grupos de Base do DAP, em:
- participar dos Setoriais do PT, ao longo de Setembro, com as orientações acima;
- integrar-se plenamente na agenda de luta desde já: 17 de agosto a 5 de setembro, caravana de Lula no Nordeste; 7 de setembro, Grito dos Excluídos; 13 de setembro, audiência de Lula ao juiz Moro em Curitiba.
Companheiras e companheiros,
Pelas informações que nos chegam, somos hoje, após o nosso Encontro de março de 2016, uma força presente em 17 Estados. Na preparação deste Encontro de Outubro vamos dar curso ao enraizamento do DAP, abrindo relações em novas cidades e Estados, e jogando ainda mais peso na formação de Coordenações Estaduais – que sustentem um Comitê Nacional DAP mais efetivo -, apoiadas em companheiros e companheiras membros dos Diretórios Regionais, mas integrando com destaque quadros do movimento sindical, popular e jovem, como convém a quem, como nós, quer “agir como o PT agia”.
Para este 7º Encontro do DAP / Reconstrução propomos que os Grupos de Base indiquem uma delegação de até dois representantes, registrado em ata da reunião. Para o nosso Encontro iremos convidar companheiros e companheiras que estejam dispostos a discutir e “agir como o PT agia”, com a meta de reunir cerca de 300 participantes.
São Paulo, 10 de agosto de 2017.
Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista
Markus Sokol (membro CEN-PT), Luiz Eduardo Greenhalgh (membro DN-PT), Misa Boito (membro CEE PT-SP e do DN-PT), Júlio Turra (membro da Executiva da CUT, PT SP), Roberto Salomão (membro da Executiva PT-PR), Paulo Farias (membro do DR-PT RS e da direção da CUT-RS), Maria Luiza Pinho Pereira (membro do DR-PT DF), Sergio Ronaldo (Secretário Geral da Condsef, PT Guará) e André Sena (membro DR-PT SP), Antônio Claudio dos Santos Silva (Secretário Geral do Sindicato dos Vigilantes – PT-BA).
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Estamos na luta DAP Juuz de Fora Temer, realizou reunião dia 09/08 neste objetivo. Retomar a Discussão e Reorganizar a Luta.