Contra desmonte da Previdência, professores de Juiz de Fora(MG) vão cruzar os braços no dia 15

Texto: Anelise de Sá
Fotos: Felipe Liquer

Lotadas, as assembleias das redes Particular e Municipal, realizadas ontem (9), no Ritz Hotel, centro de Juiz de Fora, deliberaram pela adesão ao Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência, marcado para 15 de março.
Os trabalhadores do município votaram a favor da greve por tempo indeterminado a partir da data. A mesma decisão foi tomada pelos educadores da rede estadual na tarde do dia 8.
A reforma da Previdência acaba com a aposentadoria, reduz benefícios e elimina direitos históricos. Para os professores da educação básica é o fim da aposentadoria especial. Se a reforma for aprovada, mulheres e homens só poderão se aposentar aos 65 anos. Para ter o benefício integral, serão necessários 49 anos de contribuição.
Com a reforma trabalhista, Temer planeja um assalto à CLT e coloca em risco direitos como o 13º e as férias. O governo pretende ainda liberar a terceirização das atividades-fim, o que significa rebaixamento de salários, precarização das relações de trabalho e retirada de direitos.
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“Não temos tempo!”
O governo não tem medido esforços para acelerar o trâmite das reformas no Congresso. Segundo Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG, a votação em segundo turno da reforma da Previdência no plenário da Câmara está prevista para 6 de abril. Portanto, a resposta dos trabalhadores deve ser imediata. “Não temos tempo. Essa é a nossa questão concreta”, resumiu Beatriz após apontar a importância da greve nacional da educação a partir de 15 de março. O movimento paredista é liderado, nacionalmente, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e tem conseguido motivar outras categorias e envolver diferentes movimentos sociais e populares.
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“É possível derrotar essa reforma. As pessoas estão compreendendo de uma forma rápida que se trata da destruição da Previdência. E que atinge todos. Isso nos unifica. Nossa tarefa é explicar o significado da reforma à todos”, avaliou Beatriz.

Após a intervenção da sindicalista, Frederico Melo, assessor do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioecnômicos (Dieese), explicou todos os pontos da reforma e esclareceu as dúvidas da categoria.
Ato no dia 15
Várias entidades sindicais organizaram um ato político para o dia 15, às 9h, na Praça da Estação. O Sinpro-JF já iniciou a convocação das redes Particular e Municipal para o protesto.

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