EUA lançam ataques militares em série contra a Venezuela e a Colômbia
As operações com caças dos EUA e seus voos sobre as costas no limite das águas internacionais, com navios de guerra e o envio de cerca de 10 mil homens para o Caribe, são uma ameaça de agressão intervenção militar à Venezuela, e agora também à Colômbia. Configuram uma intimidação à soberania de todos países da América Latina, que pede uma resposta articulada em comum.
Desde de 2 de setembro, data do primeiro ataque dos caças, doze barcos acusados de tráfico de drogas, sem provas, já foram afundados, matando pelo menos 62 “narcoterroristas” como acusam as autoridades estadunidenses.
A ONU condenou esta semana o que chamou de “execuções extrajudiciais” e exortou Trump a parar. Mas, tal como as várias resoluções da ONU sobre Gaza, os EUA estão ignorando.
Os aliados sabujos apoiam. O presidente do Equador, Daniel Noboa, defendeu a instalação de bases militares dos EUA no santuário ecológico das Ilhas Galápagos, para combater o tráfico na região. A instalação está proibida desde 2008 e arrisca um desastre ambiental.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou exercícios militares durante 72 horas na costa do país. Participaram da atividade, na semana passada, as Forças Armadas, com as milícias e forças policiais. A medida é uma resposta à mobilização naval dos EUA no Mar do Caribe, que Caracas descreve como ameaça destinada a provocar uma ‘mudança de regime’.
O presidente colombiano Gustavo Petro acusou os EUA de usar sua campanha militar contra o tráfico de drogas como pretexto para uma invasão, com o objetivo assumir o controle do petróleo latino-americano.
Bolsonaro X Lula
No Brasil, dias antes da Chacina do Rio onde Castro falou, sem provas, de “narcoterrorismo”, o senador Flavio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente compartilhou publicação do secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, sobre o ataque à uma embarcação de uma organização terrorista no Pacífico. Traidor da pátria, Flávio sugeriu que Hegseth “ajudasse” o Brasil no combate ao tráfico na Baía de Guanabara, no Rio!
Já Lula, na antevéspera do encontro oficial com Trump, na Malásia, deixou claro que “você não fala que vai matar as pessoas, você tem que prender as pessoas, julgar e saber se a pessoa estava ou não traficando e aí você pune as pessoas de acordo com a lei”.
Na crítica a Trump acrescentou que “é o mínimo que se espera que faça um chefe de Estado. É muito melhor os EUA se disporem a conversar com a polícia dos outros países, com o Ministério da Justiça de cada país, para a gente fazer uma coisa conjunta. Porque, se a moda pega, cada um acha que pode invadir o território do outro para fazer o que quer, onde é que vai surgir a palavra respeitabilidade da soberania dos países?”. Ao que se sabe, o assunto não entrou na conversa.
O ponto é esse, o respeito da soberania das nações, Trump não é um imperador, nem nos EUA, como expressaram na manifestação de 7 milhões de estadunidenses.
O povo dos EUA e a nações da América Latina tem, aí sim, uma causa comum diz respeito, em primeiro lugar Lua, Maduro, Petro, Boric e Sheinbam. A vitória de uma nação será a vitória de todas.
Markus Sokol, do Comitê Nacional do DAP