Contribuição sobre Setor Energético – Defesa da Chesf

Em abril foi lançado o convite no Brasil a “se associarem ao rol de acusações ao capitalismo e aos governos a seu serviço que será elaborado em países de todos os continentes”. Publicamos aqui a contribuição de Fernando Ferro, ex-deputado do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco, sobre a questão da defesa do setor energético no Brasil.

Contribuição sobre Setor Energético – Defesa da Chesf

Por Fernando Ferro

O sistema elétrico brasileiro é um complexo, extenso e valioso conjunto energético de refinada engenharia e experiência em construção de barragens, redes de transmissão e usinas hidráulicas, térmicas, eólicas, solares e nuclear. Atualmente a Eletrobras representa cerca de 1/3 da geração elétrica e cerca de 43% das linhas de transmissão. Portanto temos um sistema elétrico híbrido, estatal e majoritariamente privado.

O capital financeiro na busca de lucros fáceis tenta acabar as empresas estatais do setor elétrico que constituem a Eletrobras: CHESF, Furnas, Eletronorte, CGEE, Itaipu e Nuclear de Angra.

No mundo os sistemas elétricos similares, são todos estatais, Canadá, Noruega, Índia e inclusive EUA coração do capitalismo. Isso se deve ao fato que soberania nacional tem a ver com comando de recursos energéticos. Na geopolítica mundial vemos as agressões militares aos países do oriente médio (Iraque, Líbia, Síria, Irã, etc) e à Venezuela,, acontecerem pela disputa pelo controle do petróleo principal fonte de energia hoje. Em países como o Brasil o ataque vem de outra forma, primeiro com o golpe como em 2016 e na sequência com a apropriação do estado para os interesses da burguesia financeira. Portanto o que vemos no Brasil contra a Petrobras e Eletrobras é a ofensiva do capital financeiro nos tornando colônia dos países do G7 e outros.

As consequências desse privatização além da perda de soberania energética, será o aumento de tarifas, perda de qualidade do serviço como vimos com a empresa privada do Amapá, responsável por um brutal e criminoso apagão recente, além do gravíssimo risco de se entregar as grandes barragens do setor elétrico a grupos privados que irão gerenciar as águas de nossos rios segundo seus interesses de lucro, incluindo os riscos como aconteceram com as barragens privatizadas da Vale do Rio doce, responsáveis pelas tragédias de Mariana e Brumadinho.

Portanto esse privatização além de ser um péssimo negocio nesses tempos de pandemia, são agressões vão interesse popular e fim de políticas sociais de acesso a energia como o programa LUZ PARA TODOS criados nos governos do PT.

Está em processo de debate e votação a MP 1031 para privatizar a Eletrobras, uma mobilização dos trabalhadores busca impedir essa votação e garantir a Eletrobras pública estatal a serviço dos interesses da nação.

Portanto a provaria em curso é uma operação de agiotas a serviço do sistemas financeiro, conduzida por Guedes esse ministro entreguista e farsante do governo Bolsonaro. Essa luta contra a privatização se soma a mobilização pelo fim do governo fascista miliciano, a serviço do grande burguesia financeira local e internacional.

  • Não a privatização da Eletrobras!
  • Fora governo Bolsonaro!
  • Viva a luta dos trabalhadores do setor energético!

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Diálogo e Ação Petista

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