Opinião sobre a última reunião do Diretório Nacional do PT

Na última quinta feira (09/04) ocorreu a reunião do Diretório Nacional do PT. Lei aqui a prestação de contas de Markus Sokol, do DAP, com uma breve análise do resultado da reunião sobre as principais questões discutidas: atitude do PT face à crise da pandemia e qual posição adotar em relação ao governo Bolsonaro.

Procuramos unir o PT em torno do fim do governo, sem opor, mas integrando o Fora Bolsonaro, assim como impeachment e renuncia

Markus Sokol

Proposta de resolução apresentada pelo DAP

Ouvidos os seus membros, o DN mandata uma comissão para redigir uma Declaração à Nação.
Frente a pandemia da Covid-19 os fatos mostram, dois meses depois, o desprezo criminoso pela vida e a incapacidade administrativa deste governo para tomar as urgentes medidas sanitárias, econômicas e sociais necessárias – dentre as quais as propostas de emergência do PT e de diversos setores da sociedade – para enfrentar minimamente a crise. Frente, então, à tragédia nacional que se aproxima nesta situação extrema, o PT renova a solidariedade com os setores sociais mais ameaçados e o resguardo do trabalho decisivo da saúde pública, e assume a responsabilidade de orientar os seus militantes a lutarmos pelo fim do governo Bolsonaro, o quanto antes melhor, integrando todas as formas institucionais e de ação democrática factíveis nas circunstâncias – Fora Bolsonaro, Impeachment, Impedimento, Renúncia ou outra –, em consulta com todas as forças vivas da nação para construir uma saída política para esta crise.
Os companheiros (as) [Gleisi Hoffman, José Guimarães e Rui Falcão, a confirmar; Markus Sokol não precisa estar] estão mandatados para redigir esta Declaração à Nação.

O que ocorreu na reunião

Markus Sokol

Markus Sokol apresentou a seguinte explicação sobre o conjunto da votação e suas repercussões:

“Havia 10 textos de proposta, como se fosse um Congresso, mas não era… Era confusão numa situação difícil, que alguns podem explorar, mas não interessa ao partido, na minha opinião.
Na hora da votação, 2 propostas “fundiram” (Construindo um Novo Brasil + Movimento PT) a partir de uma dita “emenda”. Outras 5 (Democracia Socialista, Avante, Articulação de Esquerda, etc.) retiraram em favor de uma “emenda” (!?) de “Fora Bolsonaro”, de Rui Falcão, mas já com dezenas de assinaturas. Certamente, ambos prepararam isso antes. O texto agora publicado como “Manifesto” apareceu como uma emenda. Parte dos seus autores, cobrados no grupo do DN pela presidente Gleisi, explicaram que não é um manifesto.
No debate do DN, nós do DAP, com 2 falas (em 40!), procuramos unir o PT em torno do Fim do Governo, sem opor, mas integrando o Fora Bolsonaro, assim como impeachment e renuncia, propondo um curto mandato político escrito para uma comissão redigir uma Declaração a Nação. Mas vários buscavam opor um “Fora” mágico à renúncia e impeachment. Enquanto outros acusavam que “o Fora, hoje, é Mourão”…
Terminou com 5 textos indo a voto:

  • DAP: 3 votos;
  • Jacy Afonso: 1 voto;
  • CNB + MPT: 48 votos (57%);
  • Resistência Socialista: 8 votos;
  • Rui Falcão: 24 votos (29%).

Para Sokol, foi “tudo previsível, nada de novo aí. Uma hipótese de votação em 2 turnos foi abandonada.”

Análise do resultado

Sokol conclui: “O texto aprovado é ruim. Legitima o Fora Bolsonaro, fala na sua saída, mas diz que a tarefa do PT é outra, salvar a vida, como fosse tranquilo e possível com o governo Bolsonaro.”

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Diálogo e Ação Petista

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