PT AL no Governo Renan: "Um desastre que o Diretório Nacional precisa reverter!"

luiz gomes
Luiz Gomes – dirigente do PT e da CUT

A corrente majoritária, decidiu de forma isolada, colocar o PT de Alagoas no colo do golpista senador Renan Calheiros. A decisão adotada por 25 a 15 na reunião do Diretório Regional, ocorrida no dia 25 de novembro, autoriza a volta do PT ao governo de Renan Filho (PMDB) e abre um perigoso precedente que é o PT voltar a fazer alianças com golpistas como Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Jader Barbalho e outros. Essa grave decisão rompe com a resolução unânime do nosso 6º Congresso Nacional que estabelece uma “política de alianças apenas com setores anti-imperialistas, antimonopolistas, antilatifundiários e radicalmente democráticos“. O clã Renan, exatamente porque não se enquadra entre estes setores, governa o estado em consonância com a política dos golpistas, com o desmonte dos serviços públicos e privatização.
Apesar de dezenas de moções de militantes, dirigentes e diretórios que solicitaram que o PT de Alagoas não retornasse ao governo dos Calheiros, nada impediu que a corrente majoritária fosse até o fim. Como disse Sandra Lira, dirigente do PT/AL: “A CNB está indo isolada ao governo de Renan Filho e isso trará graves consequências ao nosso Partido”. As negociações, segundo alguns dirigentes, envolve a Secretaria de Educação e “estrutura para eleger deputados”. Uma vergonha, pois as atitudes concretas do governo Renan Filho (PMDB) é de choque com a base social que o PT pretende representar, já que seu governo promove o desmonte dos serviços públicos e da companhia de água e saneamento, arrocho salarial e persegue até dirigente sindical. O retorno do PT a esse governo só trará prejuízos ao processo de reconstrução de nosso partido e o afastará de suas bases sociais.
A volta do PT no governo Renan Filho vinha sendo costurada em segredo pela Direção. Quando a questão apareceu na imprensa, o presidente Ricardo Barbosa desmentiu, mas, depois apresentou a proposta na Executiva Regional (14/10), que rasgando o Estatuto do Partido, decidiu por 9 a 6 pela negociação visando o retorno ao governo estadual do PMDB. Uma plenária dos militantes de Maceió, foi convocada para discutir o assunto, mas terminou sem nenhuma votação, pois o presidente do PT/Maceió, Marcelo Nascimento abandonou o local.
Os militantes do Diálogo e Ação petista que combatem contra o retorno ao governo e que elaboraram um Manifesto com mais de 100 adesões de militantes de todas as correntes estão agora mais fortalecidos, pois a luta tem ganho mais adesões e apoio como mostraram as moções recebidas, o reforço das outras forças locais e o recurso destinado ao Diretório Nacional para que este desastre, que rasga as resoluções aprovadas no 6°. Congresso Nacional seja revertida e não “jogada na lata do lixo” como sugeriu um dirigente irresponsável na Plenária de Maceió. O que está em jogo em nosso estado não é uma questão que diz respeito apenas aos petistas de Alagoas.
Estamos de acordo também quando a companheira Gleisi afirma que “Aqueles que defendem a o desmonte da Legislação Trabalhista, a Emenda Constitucional 95, a entrega da Petrobras e do Pré-Sal, a privatização da Eletrobrás, o fim das aposentadorias e a volta do trabalho escravo não cabem nesse projeto nacional”.
Não podemos permitir que Alagoas abra a porta para que o PT volte a cometer erros que nos fragilizaram e que serão um obstáculo para afirmar a candidatura Lula como saída para o país, como decidiu o nosso 6º Congresso: para revogar as medidas dos golpistas – apoiadas pelo clã Renan -, e avançar as reformas em benefício do povo, com as quais o clã Renan não tem nenhum compromisso, bem ao contrário!

Luiz Gomes

Membro do Diretório Regional do PT de Alagoas

e da Coordenação do DAP local

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