7º Congresso: o DAP se apresenta para a direção

O DAP se apresenta para a direção. A chapa do DAP ao Diretório Nacional foi apresentada por Luiz Eduardo Greenhalgh:

“O DAP não é uma corrente interna do PT. É um movimento de militantes do PT que surgiu da necessidade de defender o Partido, o legado de nossos governos, defender nossos companheiros presos, processados e condenados injustamente por motivos políticos desde o mensalão até Lava-Jato.

O DAP tem neste 7o. Congresso 17 delegados presentes. E, embora seja difícil fazer mudar de posição os delegados que foram eleitos em seus Estados, indicados pelas correntes internas, essa defesa pretende dialogar com os presentes, com o objetivo de ampliar os votos em nossa Chapa.

“O isolamento que o PT deve temer é o isolamento dos trabalhadores”

Todos nós estamos contentes com a libertação de Lula e sua presença entre nós neste Congresso. Atenção: Lula está solto, mas repito, não está livre. Ainda segue condenado em duas ações. Ainda segue respondendo em outras seis. A direita se movimenta no Parlamento para fazer aprovar, de afogadilho, a inclusão da prisão em segunda instância. Por isso, nós devemos levar adiante e até o fim a luta pela anulação de todos os processos contra ele e pelo restabelecimento integral de todos os seus direitos políticos.

Temos que ter consciência do momento político atual. Não devemos temer as alianças, mas devemos rever as alianças que fizemos e que cujos aliados acabaram por nos trair. Não devemos terceirizar a defesa de nosso Partido.

Não devemos temer a polarização. Faz parte do nosso DNA polarizar, desde a fundação do PT. Mas para termos protagonismo necessitamos ter unidade entre nós. respeito entre nós. Fazer com que as direções ouçam os reclamos da nossa base. Devemos organizar o Partido. Fazer o PT colar, de novo, nos movimentos sociais e no movimento sindical. Sem medo de isolamento. Disseram isso quando a gente não foi ao Colégio Eleitoral. Disseram isso quando a gente decidiu não assinar a Constituição. E o PT não se isolou. O isolamento que o PT deve temer é o isolamento dos trabalhadores, do campo e da cidade.

Gente que não tem a menor moral passa a querer meter o bedelho nas questões internas do PT. Querem autocrítica. Mas nunca fizeram autocritica quando nos acusaram de matar dois trabalhadores em Leme, em cadeia de televisão nacional. Nunca se fez autocritica dos assassinatos do Padre Josimo, Chico Mendes, Margarida Alves, Santo Dias, nem pelas mortes de trabalhadores em Corumbiara e Eldorado de Carajás. Portanto, autocrítica é deles. Os ajustes que precisamos fazer vamos fazer internamente.

Nosso Congresso é muito importante na conjuntura para enfrentamento e o fim do governo Bolsonaro. Mas bom lembrar que o difícil já foi mais difícil. Que o fácil para o PT é sempre o mais difícil.”

Luis Eduardo Greenhalgh
Luis Eduardo Greenhalgh
Eleição da direção nacional

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